
Lembra-se da infância, época que não existia nojo de insetos, nem medo de se sujar e nem de ser ridículo com tudo isso? Tempos bons! Qualquer um pensaria. Mas por que esse tempo, essa inocência passou? Por que não continuamos como eternas crianças, felizes de graça?
Grandes coisas acontecem na vida de cada pessoa; coisas boas e ruins, simples e terríveis, que moldam para sempre o agir e o pensar de todos nós. Quem não se lembra do primeiro beijo, do primeiro fora e da primeira vez? Quem nunca sentiu o peso de ter liquidado a alegria de alguém ou de ter tido a sua confiança despedaçada nas mãos de um qualquer? Quem nunca chorou à morte, seja do cachorrinho ou de sua mãe? Grandes coisas... Que até podem ser bem pequenas, mas que deixaram (e deixarão) grandes marcas.
Há alguns dias vi nos meios de notícias algo que me chamou a atenção: A visita do Papa Bento XVI a Israel. Não! Na verdade o acontecimento da visita pouco me importou, pois já é de praxe que uma religião, assim como um bom negócio, tenha que se divulgar. O que me impressionou foi a reação de israelenses, tanto de pessoas simples como também gente importante, com relação ao que foi dito pelo pontífice.

Não vou me prolongar dizendo quem eu acredito estar certo nessa história (alguém está?). Apenas digo o que vi nisso tudo: Marcas. Marcas de Judeus eternamente ofendidos, marcas de cristãos eternamente culpados, marcas de pobres, ricos, influentes. Ou seja: marcas de gente como nós, que carrega o passado como se fosse uma verdade e vive o presente como se fosse uma cruz.
Está na hora de lavar o rosto, fazer a barba, escovar os dentes e sair para viver. Ninguém quer mudar e ser o primeiro a se erguer. E poucos tendem a enxergar que o problema do holocausto, assim como os problemas de nossas lembranças, só existem porque não o guardamos no passado (aonde sempre deveriam estar), mas sim nos nossos corações.
2 críticas - Comente!:
Não é mais simples buscar a humildade que tanto prega Jesus e cada um por os pontos em sua história passada, para fazer uma história presente mais digna e, uma história futura mais sã???
Parabéns Jandir e Cassio pela conciência...
Não me sinto mais sozinho numa luta vã...
Obrigado Renato. Lembro que este é um espaço para críticas e, portanto, não será poupado nenhum tema aqui esposto.
Estejam a vontade para críticar a nós e ao que vocês quiserem. Abs.
Movimentem!
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