Sodomizem os livros!

É isso mesmo! Metam no c* dos livros!
Alguém ai já reparou em quem manda numa sala de aula? Não? Bem, fico até tentado em dizer que são os alunos, que ameaçam professores em escolas públicas e os menosprezam em particulares, mas não são estes. Muito menos os próprios professores, que tentam ensinar em troca de migalhas de pão.
Senhoras e senhores, apresento-lhes o “senhor absoluto” das salas de aula: O livro!


Este artifício é utilizado desde que Gutenberg inventou a imprensa. E por que ele inventou a maldita imprensa – Pergunto-me -? Bem, não sei ao certo. Só sei que este se tornou o grande monarca dos estudos e o pior: O verdadeiro motivo de derrubada do ensino.
Enquanto mestres, professores e até doutores debruçam-se sobre suas verdades absolutas (seus livrinhos), o conhecimento de seus alunos morre à beira-mar. Explico: Um jovem, um estudante que seja, quando se sente estimulado tende a mudar o mundo, ou pelo menos o mundinho ao seu redor. Einstein, por exemplo, foi estimulado pela física quântica, assim como Kurt Cobain pela música. Vejam o grande estrondo que causaram! Contudo, tanto Einstein e Cobain quanto vocês não gostavam da escola. E por quê? Simplesmente, porque o livro manda.
A sala de aula, que deveria ser um lugar de ensino para uma livre compreensão, fechou-se no simples ensino. É como se chegassem para você, lhe mostrassem diversas fotos do Havaí (supondo que nunca tenha ido até lá) e perguntassem como foi a viagem. P*rra! Querem que crianças de 13,14 anos saibam sobre rochas magmáticas, pré-história e células adiposas apenas olhando para letrinhas. Me poupe...
O ensino deve muito mais do que ser meramente melhorado: Ele deve ser remodelado. E como fazer isso? Não é simples... Mas seria algo assim:

- Aulas interdisciplinares: Achar que matemática é só matemática e química é só química é o que afasta a maioria dos jovens da sala de aula. Trazer todas as matérias conversando entre si para perto do estudante pode ter um impacto positivo na percepção de mundo deste. E o melhor: O estará ajudando no vestibular, que caminha cada vez mais para esse lado.

- Senso crítico nas aulas: Por que o livro sempre deve estar certo? As aulas deveriam ter um maior senso empírico e contestador, não com o intuito de mostrar contradições e críticas às ciências, mas sim de despertar o interesse do aprendizado no aluno.

- Ensino orgânico: Quando falo de ‘Orgânico’ falo de algo que se pode sentir e viver. Excursões, viagens, pesquisas e contato direto com pessoas e histórias vivas e palpáveis mexem com qualquer um de nós.

- Novas mídias: Enfim, gastar dinheiro com educação. Após melhorar os salários de quem ensina (obviamente), o caminho mais útil a se seguir seria o de chamar a atenção do estudante. Como fazer? Da mesma forma que um programa como o CQC consegue chamar atenção abordando política: Sendo divertido. Para isso, utilização de profissionais de comunicação, em parceria com mestres e educadores para a implementação de recursos audiovisuais em sala de aula seria a galinha dos ovos de ouro do Brasil, que iria facilmente se catapultar para a primeira colocação dos países mais importantes na educação.

- Desabituação aos livros: Descaracterizar essa tal importância do livro para o aluno. O material escrito deve servir como aprofundamento do tema e não como imposição ao estudante.

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Após ler isso, muita gente vai achar: “Ele está se achando ‘O’ intelectual, ‘O’ especialista”. Não é nada disso. Até pouco tempo pensava que isso não existia, mas descobri que as escolas mais significativas no Brasil utilizam métodos muito parecidos com esses. E o que me deixa mais intrigado não é saber que isso não se aplica às escolas do governo, mas sim observar qual o caminho que estas seguem.
O Estado investe pesado em escolas técnicas e cursos profissionalizantes, mas pouco se importam para um ensino básico de qualidade.
Eles querem burros de carga e não pensadores, braços capitalistas e não sonhadores.
E enquanto isso, o filho do Russo, Japonês ou americano residente tende a ser, num futuro quase instante, nosso patrão.

Eternamente colônia. Permanentemente escravos.

Governador Sergio Cabral, dedico este texto a você.