Quem irá chegar?

Todos em seus postos. Olhares apreensivos, suor escorrendo pelo rosto. Enfim, é quase palpável o medo e adrenalina. É quase possível vê-los voando pelo ar...

E então o juiz faz seu apito soar. Muito rapidamente uma nuvem espessa de poeira daquela pista de corrida toma o lugar dos competidores que lá estavam em posição de largada. O Negro, o Gigante, o Branquelo Baixinho... e todos os corredores que restaram somem dali, pois o grande dia havia chegado.

O Negro se lembra de tudo que sofreu para poder estar ali. Surras de seu pai, chacotas de seus amigos de escola, falta de grana, falta de amor, falta de alma. Faltou-lhe apoio.
O Gigante se lembra de tudo o que teve de superar para mostrar a todos que era capaz de correr sozinho. Desde a infância, quando médicos lhe diziam que seria impossível correr com a doença que carregava nas pernas até a idade adulta, quando não só superou o diagnóstico de seus médicos algozes como também superou todas as outras adversidades da vida, sempre carregara o apoio próprio consigo.
Já o Branquelo Baixinho nunca precisou se preocupar muito com nada... Tinha pais ricos, tempo para treinar e se divertir e incentivo de todos ao seu redor. Sobrava-lhe apoio.

Quem irá chegar em primeiro nessa corrida? O Negro que tanto nos cativou, o Gigante que tanto lutou, o Branquelo por ter tantas facilidades ou alguém que sequer foi mencionado na multidão de atletas que lá estavam competindo? Quem irá chegar?
O 1º lugar não é medido nem por raça, nem por credo e – pasmem – nem por treino. Apenas uma coisa (uma simples coisa na verdade) pode dizer que tal pessoa chegou ou não em primeiro lugar. E isso nem medalha, nem amigos e nenhum pódio poderá dizer.
A corrida começou. Todos eles correm. E no final haverá apenas um vencedor: Aquele que sorrir primeiro.
A satisfação será o grande prêmio final.

-Quantos terão equilíbrio suficiente para chegar ao primeiro lugar?

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Recomendações da semana:

• O que é analfabetismo funcional?
• O robô que existe em cada um de nós. - Blog do Bruno Medina (Tecladista da banda Los Hermanos. Atualmente tocando com a Adriana Calcanhoto). Achei esse post dele muito interessante pelo fato de falar sobre algo que sempre chacoteei mais nunca tive a idéia de escrever: Como os atendentes de Call center são robotizados. Recomendo!
• S.O.S Mata Atlântica - Já coloquei esse link aqui no blog, mas não custa mostrá-lo de novo. Plantem árvorezinhas sem sair do lugar! \o/

Até!