13 de ago. de 2009

O sábio e o astuto


Em um círculo de amizade onde se conversa sobre nada e tudo se inicia uma discussão.
Roberto um homem de poucas e sabias palavras não entedia o porquê das pessoas serem como são. Já Cláudio um arrogante de classe alta debatia seus pensamentos.
Roberto dizia: Olhemos ao nosso redor, o mundo se perde... As pessoas se perdem naquilo que chamam de vaidade, tantos entregues a suas tristezas que não sabem nem ao menos como sair desse lago de lama. – Cláudio astuto não deixava barato.
- As pessoas sentem e vêem o que querem ver. De 10 pessoas uma sofre disso tudo que você acabou de dizer.
Roberto sabia que tudo aquilo não fazia nenhum sentido, e que sem duvida essa discussão não levaria a lugar algum. Contudo, decidiu continuar. – As pessoas estão morrendo de tantas coisas que ninguém da importância... Guerras, miséria, doenças, pestes, desastres ecológicos! E sim, em partes concordo com você “as pessoas realmente só enxergam aquilo que querem ver”, todavia a moeda tem dois lados.
Cláudio estava ficando sem argumentos e resolveu apelar. Como era um bom Juiz de justiça sabia analisar pessoas e julgar melhor ainda. – Roberto já te conheço a três anos e sei que você é um bom psicólogo, mas acho que chegou a sua hora de procurar conselhos. O homem que partilha problemas todos os dias casualmente acabará sendo levado por eles. Seu olhar, hoje, reflete sua tristeza seu desespero!
Roberto não sabia mais o que dizer. Fora desmoronado pelo seu companheiro do grupo de leitura. As pessoas ao redor não ousavam da um suspiro profundo por medo de serem notadas.
Roberto enfim disse – Você está correto em certas partes. De que me vale perder tempo com coisas tão banais como à tristeza, as guerras à pobreza, a natureza se voltando contra nossa raça, se inevitavelmente um dia eu vou morrer e absolutamente tudo não vai passar de mera lembrança. Sobretudo não nos esqueçamos que tudo faz parte da “Cadeia Alimentar”. Se não houvesse mais tristeza saberíamos o que é felicidade? Se não houvesse mais guerra não descobriríamos o significado de paz? E o pobre, não se esqueça que são eles que pagam o seu salário de Juiz. – Cláudio não esperava por isso. Por estar acostumado a sempre dar ordens não admitia ser contradito. Roberto continuou: Olhe para Aline, ela já faz parte desse grupo o dobro de nosso tempo, e nunca partilhou sua opinião uma única vez. Contudo se não tivéssemos sua presença o grupo seria menor, e ela faria sim, muita falta.
Era a gota D’água, Cláudio se levantou furioso – Você delirou. Como ousa falar assim com uma autoridade! Fique sabendo que isso não vai ficar assim.
Retirando-se, todos continuaram como se nada tivesse acontecido. Entretanto Cláudio não sabia que nessa mesma tarde como qualquer outra, ele pegaria uma tal de gripe suína a qual nunca dera importância e faleceria de pneumonia. Nas noites que se seguiram Roberto se deu conta que dera as repostas para suas perguntas, e sabendo disso descobriu que a verdade sempre esteve dentro dele. Só lhe faltava bom senso de ir lá no fundo e procura-las.

3 críticas - Comente!:

Jandir Jr. disse...

Caraca! Ficou bonito! xD
Congratulations!

Anônimo disse...

Gripe suína!
Fala serio!

Felipe Garcia disse...

Muito bom Cássio!
O bom senso do rico as vezes se esbarra na falta de senso do pobre (De espírito).

Parabéns!

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